sábado, 27 de novembro de 2010

EDUCAÇÃO PELO MOVIMENTO

Atividade 1

A professora de Clara, uma menina de seis anos de idade, da escola municipal esta preocupada com o que tem observado, neste ano na convivência diária com a aluna, ao correr no pátio da escola Clara se choca com outras crianças na brincadeira de pular com um pé só, como o saci. Na hora de trocar de roupa para o teatro, a professora percebe que Clara é lenta ao abotoar sua blusa, amarrar seu tênis. A professora observa que o desenho da figura  humana, feito por Clara, é bastante pobre.

Considerando os diferentes aspectos do desenvolvimento psicomotor da criança
1.1)                          Faça uma análise desse pequeno caso, registrando o que pode estar causando tais dificuldades.

Uma criança na idade de Clara está apta a saltar rapidamente, sobe degraus de escadas íngremes; anda de bicicleta, pula e gira num pé so. Estas características não esta de acordo com a reação de Clara. Pelo contrário, As dificuldades enfrentadas pela criança Clara são inúmeras. Pode esta  expressas e influenciadas por vários fatores
·        Emocionais;
·        Intelectuais;
·        Saúde;
·        Problemas de comportamento;
·        Relações com outras crianças;
·        Mudanças físicas e psicológicas;
·        Aspectos sociais e outros...

1.2)                          Apresente sugestões à professora que a auxiliem no trabalho com Clara e com as outras crianças, prevenindo outros casos como esse.

Infelizmente nem todos os pais concordam com as interferências da escola para com a família. Portanto, primeiramente eu aconselharia a professora conversar francamente com os pais ou responsáveis pela criança deixando claro o seu amor, carinho e principalmente respeito por toda sua família, conquistá-los de fato! Para que tenham uma conversa útil e agradável, e que estas mãos unidas: escola/família tenham algo em comum, que é o desenvolvimento da criança. Com isto abrirá um leque para colocar em pauta todos os fatores concernentes ao comportamento de Clara, para que assim juntos possam encontrar a raiz do problema para que estes sejam resolvidos. Oferecer cuidados recíprocos e consistentes assim a criança terá melhor oportunidade para um desenvolvimento saudável.
 Usar estratégias através de jogos educativos e outros, para que haja maior interação entre as crianças. Pois esta é uma grande oportunidade para que Clara sinta amor, carinho e amizade que também é capaz de chegar lá com a mesma força e dinamismo.



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Pedagogia como campo de estudos específicos vive, hoje, no Brasil, um grande paradoxo “ (Libaneo. P.4).

A pedagogia esta viva e presente não somente nos meios educacionais, mas entre outros. Libaneo foi feliz em afirmar que a pedagogia como campo de estudos específicos vive hoje no Brasil, um grande paradoxo. Podemos observar claramente a sua presença nos meios de profissionais, ela está atrás dos bastidores intelectuais, políticos, universitários, sindicais, empresariais, comunicação e nos movimentos da sociedade civil.  A pedagogia nos oferece uma gama de conhecimentos, mas cabe saber interpretá-la tanto na teoria como na prática. Os olhares diferenciam muito. Mas estas diferenças ampliam e enriquecem ainda as pedagogias através dos profissionais que abraçaram esta causa não por falta de opção, mas por opção de escolha, por paixão pelo que faz.  Por outro lado não desmerecendo a fala do ilustre Beillrot (1985) quando diz que estamos diante de uma sociedade genuinamente pedagógica. Mas podemos ver através das lentes uma pedagogia fraca entre alguns  profissionais do meio educacional se escondendo silenciosamente no intuito de não atacar de frente a pedagogia. Mas esta se remoendo insatisfeito e infeliz como se esta atitude fosse o suficiente para banir os erros que a pedagogia apresenta.  Entretanto mesmo nesta corda bamba, entre erros e acertos como diz o próprio Libaneo vivemos em uma sociedade eminentemente  pedagógica, ou seja, a sociedade do conhecimento. A sociedade que não para, mas prossegue em busca de melhora. Ela vem despertando a sociedade no empreendimento de projetos e outros sendo desengavetados com intuito de enriquecer ainda mais a cultura brasileira.

 

sábado, 6 de novembro de 2010

Educação do homem selvagem

Em 1797 Victor foi visto pela primeira vez. Inteiramente nu, fugia do contato com outros seres humanos na floresta de Lacaune, França. Em 9 de janeiro de 1800 apareceu num moinho em Saint-Sernein, distrito de Aveyron. Vestia Farrapos de uma camisa, tinha cicatrizes pelo corpo, aparentava cerca de 12 anos de idade, 1.36 m, pele branca, rosto redondo, olhos fundos, cabelos castanhos e nariz comprido. Sorria e era gracioso, como descreveram. Victor não falava e não entendia quando falavam com ele. Não queria usar roupas, apesar do frio, e não se acostumou com a cama. Ás vezes procurava fugir, apoiando as mãos e os pés no chão, correndo como quadrúpede. Alguns médicos acreditavam que ele tinha deficiência mental, e isso explicava a razão de os pais o terem abandonado. Porém, o médico psiquiatra Jean-Marie Gaspard Itard achava que o comportamento de Victor se dava por privação do convívio com indivíduos da sua espécie por um prolongado período de tempo, ou seja, o afastamento da civilização.

Trabalhando com o menino, Itard foi capaz de socializá-lo: fazê-lo sentar-se à mesa, pegar água suficiente para beber, buscar objetos, divertir-se com brinquedos e a iniciá-lo na alfabetização. Depois de cinco anos junto com médico, o menino podia podar plantas e até fabricar objetos. Itard escreveu um livro publicado e 1801, A educação do homem selvagem, onde apresenta todas as etapas da educação de Victor. Nele reforça a tese de que a aparente deficiência mental foi resultado do afastamento da civilização, e formula a hipótese de que parte das deficiências mentais é originários desse mesmo afastamento, concluindo que a sociabilidade é a base da vida em sociedade. Isso reforça o principal fundamento da sociologia: a dos fatos sociais. O poder coercitivo deles é o que determina o comportamento dos indivíduos. Acrescenta-se ainda o uso da palavra entre os indivíduos como o principal fator gerador de socialização. É principalmente pela palavra que se introjeta no indivíduo os códigos sociais que sobre ele terão influência para o resto de sua vida.
A história de Victor é realmente emocionante, e desafiadora. Aos olhos da sociedade Victor era simplesmente um caso perdido. Mas Itard com o coração movido pela compaixão pode lutar com perseverança pela causa de Victor e ter o privilégio de introduzir Victor na sociedade e provar a sua real transformação. Realmente o convívio com outras pessoas tem a magia de acrescentar valores. Pois o homem em sociedade se faz homem.





O Espaço pedagógico da Instituição Educacional.

A Avaliação como Prática Formadora
n     Organizar os tempos escolares é oportunizar aos alunos momentos formadores com condições propícias para pensar, agir e interagir com a vida e com o conhecimento.
n     O aluno vive e aprende no seu ciclo de formação e não na lógica dos programas escolares.
n     Os educandos vivenciam tempos específicos da vida humana e não somente tempos de preparação para vida adulta.
n     O tempo escolar nem sempre leva em conta as vivências dos alunos.
n     Se  desejamos que todos educandos construam seu conhecimento de forma significativa, há que se promover o desenvolvimento de todos eles.
n     Respeito ao ritmo de cada aluno, seu modo de pensar e agir, seus conhecimentos

REFLEXÃO

Um mestre oriental viu um escorpião que se afogava, decidiu
tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião lhe picou.
Como reação à dor, o mestre soltou-o e o animal caiu na água
e, de novo, estava se afogando.
O mestre tentou tirá-lo outra vez, e novamente o escorpião o picou.
Alguém que tinha observado tudo, aproximou-se do mestre e disse:
 Perdão, mas você é muito teimoso! Não entende que, cada
vez que tentar tirá-lo da água, ele o picará?
O mestre respondeu:
A natureza do escorpião é picar e isso não muda a minha
natureza, que é ajudar.
Então, com a ajuda de um ramo, o mestre retirou o escorpião da água e salvou-lhe a vida.
Não mude a sua natureza se alguém lhe magoar.
Apenas tome as devidas precauções.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

PPP Cotidiano da escola Prática social



VISÃO

DE

MUNDO
 O mundo se transforma constantemente, e o homem é sujeito da própria educação. Dessa forma, através da reflexão sobre o ambiente, ele contribuirá para as mudanças e melhorias. No mundo tecnológico, não perderá de vista a qualidade de vida.

VISÃO
DE

HOMEM
O homem por ser um ser racional tem sua participação ativa e includente no que refere a educação e é de fato uma construção humana Como tudo que o homem faz, faz no sentido de estabelecer a sua relação com outros humanos e com o meio ambiente onde está inserido, isso também poderá ser entendido como um ato de educação, por estes atos, passarem a influenciar outras pessoas.
VISAO

DE

            SOCIEDADE
 A participação do homem como sujeito da sociedade implica uma postura crítica. A cultura constitui a aquisição sistemática da expressão humana. Por isso, uma escola deve descrever sua visão de cultura.





POLITICAS


PÚBLICAS


Atualmente, com base nas políticas públicas governamentais de inclusão social, segurança alimentar, expectativas de mercado e de qualidade do meio ambiente, as instituições estão buscando viabilizar soluções por meio da popularização da ciência, procurando superar o distanciamento entre esta e a sociedade, que avançou nas últimas.
décadas, para que haja um crescimento econômico para um processo de inclusão social. Exigência básica para a efetividade de ações com esse escopo é a estruturação de arranjos organizacionais e interinstitucionais que democratizem inclusive os protagonizamos de forma a dividir responsabilidades e tarefas e aperfeiçoar os resultados.
COTIDIANO DA ESCOLA

PRÁTICA SOCIAL




COMUNIDADE
EXTERNA ESCOLA

Escola tem que ser um lugar prazeroso, de respeito, um lugar aberto para aceitar sugestões, críticas, um lugar que tenha um espelho transparente para ver o mundo na sua totalidade, com toda sua carga de conteúdos bons e maus, ver de perto e tentar mudar aquilo que for preciso, sem medo e sem preconceito,  um lugar onde todos se sintam parte, sejam parte, se integrando aos temas e ações que constroem o cotidiano escolar. Não há como formar cidadãos críticos, por exemplo, sem colocar em pauta assuntos que estão no dia-a-dia dos estudantes, que são falados na televisão, na rádio, na internet e em outras mídias, ou nem são comentados, mas que estão presentes o tempo todo.



Política educacional brasileira para a educação básica e a função social da escola na era da tecnologia e da globalização



VISÃO DA ESCOLA NECESSÁRIO

É necessário que toda escola tenha uma identidade fortalecida de princípios e normas que venham de fato iluminar a ação pedagógica.
A escola hoje tem um espaço privilegiado do desenvolvimento humano em todos os aspectos, envolvendo a sociedade, com suas propostas pedagógicas. Apesar do avanço científico-tecnológico em que estamos vivendo a população, tem condições de avaliar e participar das decisões que venham atingir o meio onde vive. Pois ela é a principal interessada por qualquer mudança e desenvolvimento. Cada área do conhecimento precisa contribuir, para levar o cidadão a participar com iniciativas que levem as pessoas ao desenvolvimento do senso avaliativo e, conseqüentemente a reflexões mais críticas acerca dos elementos que envolvem a ciência, a tecnologia e o contexto social, utilizada genericamente pela ciência para a descrição de fenômenos diversos, confiar excessivamente na ciência e na tecnologia e identificá-las com seus produtos pode ser perigoso, pois isso supõe um distanciamento delas em relação às questões com que se envolvem. Torna-se cada vez mais necessário que além de ter acesso às informações sobre o desenvolvimento científico-tecnológico, a população possa ter também condições de avaliar e participar das decisões que venham atingir o meio onde vive.
Então nasceu, o PPP um projeto que veio pra ficar,  trazendo em seu cunho uma visão ampla e fortalecida, como uma arvore cheia de galhos firmes que cresce e espalha os seus ramos, tendo objetivos em comum, mas ela depende da raiz, que é a fonte inspiradora de todos aqueles que constroem a história educacional da escola. Os pais têm o privilégio de participar desta construção tendo em vista que eles são os mestres por excelência por terem o privilégio de serem os primeiros a verem os primeiros passos de seus filhos enquanto educam.  Este é o principal motivo que pelas quais as crianças nunca chegam completamente despreparados na escola, os pais são os principais responsáveis por este preparo. Portanto o PPP vem com um pacote aberto preparado para novas mudanças e reciclagem, estando incluso neste pacote Conselho Escolar, Conselho de Classe, Associação de Pais e Mestres (APM) e o Grêmio Estudantil. A constituição do Conselho de Escola, que é “um colegiado formado por todos os segmentos da comunidade escolar: pais alunos, professores, direção e demais funcionários”.São mentes diferentes, mas, objetivos em comum, Isto significa dizer que todos podem contribuir, com igualdade de oportunidades, no processo de tomada de decisão escolar Participar consiste em colaborar e se funda no exercício do diálogo entre as partes. Esta comunicação ocorre, em geral, entre as pessoas com diferentes formações e habilidades, ou seja, entre agentes dotados de distintas competências para a construção de um plano coletivo e consensual de ação (GUTIERREZ e CATANI, 1998, p. 71).
Enfim, com toda estrutura necessária para o melhoramento da escola que é para o bem de todos e para todos.

O eixo central do projeto político-pedagógico é ser um instrumento de luta contra a seletividade, a discriminação, a exclusão e o rebaixamento do ensino das camadas populares (SAVIANI, 1983). Neste sentido, construir, executar e avaliar o projeto político-pedagógico significa preocupar-se com a qualidade da escola, ou seja, uma escola que garanta as condições de trabalho necessárias para o desenvolvimento do processo pedagógico.
Não estamos mais na idade da pedra, onde o homem ficava simplesmente de braços cruzados, de cabeça baixa, apenas concordando com tudo. Os tempos mudaram, hoje faz-se necessário que a sociedade em geral comece a questionar os impactos da evolução e aplicação da ciência e tecnologia sobre o seu entorno e consiga perceber que, muitas vezes, certas atitudes não atendem à maioria, mas apenas aos interesses da classe dominante. A esse respeito, Bazzo (1998, p. 34) comenta: O cidadão merece aprender a ler e entender – muito mais do que conceitos estanques – a ciência e a tecnologia, com suas implicações e conseqüências, para poder ser elemento participante nas decisões de ordem política e social que influenciarão o seu futuro e o dos seus filhos. Precisamos constantemente considerar que somos atores sociais. Uns são diretamente afetados pelas possíveis conseqüências da implantação de uma determinada tecnologia, mas não podem evitar seu impacto; outros são os próprios consumidores de produtos tecnológicos, que representam um coletivo que pode protestar pela regulação e uso das tecnologias; outros, ainda, constituem o público interessado, pessoas conscientes que vêem nas tecnologias um ataque a seus princípios ideológicos, como os ecologistas e várias ONGs; e há também os estudiosos de vários segmentos, que têm condições de avaliar os riscos da área de conhecimento que dominam. Em suma, todos somos capazes de avaliar e tomar decisões. Cada cidadão tem pontos de vista e posturas sobre as questões científico-tecnológicas que, muitas vezes, vão de encontro aos objetivos que elas apresentam
De acordo com Paulo (1995), a maioria das pessoas, em face do alude de informações a que está exposta, reage de cinco formas características: ignora o que vê por completo; reage em termos emocionais; aceita alegremente; desacredita em termos de espírito pouco aberto; ou interpreta mal seu significado. Vejamos um exemplo: ficamos perplexos aos lermos que as drogas têm causado várias mortes em nosso país. O tabaco mata, em média, 4000 por ano, o álcool aproximadamente 9000, a cocaína por volta de 8000 e a heroína perto de 6000 pessoas, sendo estas últimas as que têm um maior impacto emocional e as que causam mais alarme. No entanto, as que causam a maior parte das mortes em nosso país, como o tabaco e o álcool, não são tão combatidas. Assim, a força dos números, grandes ou pequenos, deixa os analfabetos em matemática à mercê de manipuladores, pois a maioria das pessoas não sabe interpretar os dados matemáticos, mas apenas os absorve sem se importar com a conclusão final, que muitas vezes é subjetiva aos dados apresentados. Trabalho propõe a discussão, da possibilidade de trazer para sala de aula, um enfoque para a educação matemática, com o objetivo de contribuir para a formação de cidadãos reflexivos e questionadores.
O político e o pedagógico, sempre deverão andar juntos, quando se tratar de uma ação intencional de educação escolar. No Brasil, instituições públicas de pesquisa e desenvolvimento como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) têm desenvolvido ações na busca de soluções sustentáveis para a agricultura familiar e concentrado, nos últimos anos, esforços nesse sentido por meio de programas e projetos que vislumbram o crescimento tecnológico aliado à inclusão social, à segurança alimentar e à conservação do meio ambiente. Essa situação é particularmente motivada desde 2003, em face de uma nova configuração do Estado Brasileiro, quando se fortalece um conjunto significativo de políticas ditas sociais a partir da vitória eleitoral do Partido dos Trabalhadores em 2002. Essa situação foi descrita por Pereira, P. (2006) quando aborda a gênese do Estado de Bem-Estar ou Estado Social.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Linguagem como característica humana e como elemento unificador da cultura e da sociedade

Linguagem, o berço da comunicação

         Ninguém nasce falando, a aprendizagem é um processo e, inicia-se no ventre materno, quando ainda em desenvolvimento já começa a ouvir. Nasce ouvindo, tudo ainda de uma forma obscura. A criança nasce e encontra tudo pronto, e o significado das palavras e das coisas, basta aprender com ajuda dos adultos.
O meio social é de uma grande influencia para o desenvolvimento da linguagem, principalmente nesses primeiros anos da infância, experiências e interações com os pais, os membros da família e outros adultos. A criança ao dispor da colaboração de adultos e de crianças mais experientes, num espaço de interação e de interlocução, pode participar das atividades partilhadas, apresentarem comportamentos e habilidades que não seria capaz de manifestar sozinha, sem o auxílio do outro.
A própria mãe, mesmo sabendo das limitações de seu filho para entender a sua linguagem, a mesma continua falando, apresentando um mundo de coisas e novidades, dando nomes e significados, como se houvessem participação ativa do filho bebê. Ou melhor, participa sim! Mas, através de gestos como o choro, por exemplo, a mãe responde imediatamente porque sabe interpretá-la. A criança ainda não interpreta, não entende mas, porem é de grande relevância, esta comunicação mesmo não sendo recíproca, pois é ai que vem o desenvolvimento de seus pensamentos e de sua linguagem de acordo com a sua cultura.
         A criança cresce de acordo com o que aprende através daquilo que está a sua volta. Se a criança é apenas colocada em um canto, onde o silencio faz companhia, total ausência de comunicação, cresce uma criança raquítica sem linguagem, sem expressão, sem alegria, sem estimulo pela vida, não vive, apenas passa por ela.
         Segundo Vigotsky a criança não nasce em um mundo "natural". Ela nasce em um mundo humano. Começa sua vida em meio a objetos e fenômenos criados pelas gerações que a precederam e vai se apropriando deles conforme se relaciona socialmente e participa das atividades e práticas culturais. Não podemos pensar que a criança vai se desenvolver com o tempo, pois esta não tem, por si só, instrumentos para percorrer sozinho o caminho do desenvolvimento, que dependerá das suas aprendizagens mediante as experiências a que foi exposta.
A vida em sociedade, sem linguagem, o ser humano não é social, nem histórico, nem cultural. Ou seja, a criança é de acordo com a sua cultura. Exemplifico aqui; uma criança indígena, aos nossos olhos, que pertencemos a uma outra cultura, é uma criança pacata, sem instrução, sem educação. Mas, para sua cultura é esperta, inteligente, aprende tudo que ensina. Aprendeu de acordo com o seu mundo, sua cultura, seu povo. E com certeza aos olhos deles a civilização está lá. Pois a cultura é transformada de acordo com o seu trabalho. Portanto o homem independente da raça, cor e cultura, tende por se só fluir a transformação no meio em que vive através de algo produzido por ele. Tendo as características dele. O homem desenvolve-se a partir do avanço de sua cultura, um crescimento mútuo.

Para finalizar este texto Eu gostaria de citar aqui um exemplo, tendo em vista que a atividade pede opinião sobre o papel da linguagem e das interações pessoais.
Em Moçambique, tive a oportunidade de conhecer um povo com uma cultura muito diferente da nossa. A região onde eu estava, são 67 dialetos, portanto  no inicio foi difícil comunicarmos, mas conseguimos. A comunicação foi o fator fundamental para interagirmos e envolvermos com o povo. Mas o que mais me chamou atenção foi a forma deles viverem; quando os portugueses foram expulso de Moçambique  um pais que eles colonizaram, ajudaram a construir, se foram levando consigo apenas 30 kilos. Deixaram tudo lá. Suas casas luxuosas, cristais, porcelanas e etc. Os Moçambicanos por direito receberam tudo, e foram morar nestas mansões, não conseguiram adaptar-se com este novo estilo de vida, outrora, moravam em malocas, barracos de palhas, agora em palácios, tornaram-se pessoas tristes e angustiadas. Na sua cultura eles aprenderam que um determinado buraco era o lugar de fazer churrasco. Então eles transformaram a banheira em churrasqueira, usavam o bidê para lavar as mãos e rosto, com isto as mansões iam sendo destruídas. Mas, eles não estavam felizes. Eles reuniram-se, comunicaram-se e devolveram as casas ao governo. E voltaram a viverem em seus barracos abraçando assim a sua verdadeira cultura, sua língua, seu povo, seus costumes. E com certeza estão felizes!!! Conquistaram a sua independência, através da comunicação.
A ausência da linguagem que é a característica da comunicação gera separação, divisão, e solidão. A comunicação trás a força da união e unificação.
         Vale ressaltar aqui a importância deste estudo, aprendemos que as grandes influencias psicológicas do social para o individual, gera mudança de comportamento. O homem houve e absorve colocando as em prática o que aprendeu através da comunicação, pois, a comunicação é uma espécie de função básica porque permite a interação social e, ao mesmo tempo, organiza o pensamento, que é marcado pela curiosidade da criança pelas palavras, por perguntas acerca de todas as coisas novas (“o que é isso?”) Assim a criança vai crescendo aprendendo a comunicar-se e enriquecimento cada vez mais o seu vocabulário, alem de outras conquistas.




segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O que exerce a mais importante influencia no desenvolvimento da inteligência o ambiente ou aquilo que herdamos biologicamente dos nossos pais?

            


         Ao falar de “inteligência”, é importante chegar a origem e significado da palavra. Do latin inter= entre e elegere – escolher.
Segundo Celson Antunes  (2001) inteligência significa a capacidade cerebral pela qual conseguimos  penetrar na compreensão  das coisas escolhendo o melhor caminho.
Ainda no dicionário, o verbete, vem com o seguinte significado: a facilidade de compreender.
Com base nas definições é possível afirmar que a inteligência de um individuo é produto de uma carga  genética que pode ser alterada  através de estímulos aplicados  a cada faze  do desenvolvimento humano.
Tempos atrás uma pessoa era taxada de “burra” ou “inteligente” quem nunca assistiu a um filme ou desenho animado onde um aluno era colocado num canto da sala  e forçado a usar um chapéu de burro?
Era mais fácil rotular os indivíduos dessa forma do que ter o trabalho de estimular a inteligência deles. Principalmente quando estes traziam consigo a necessidade de cuidados especiais por serem excepcionalmente especiais.
Na Antigüidade os excepcionais eram encarados como uma degeneração da raça humana e, portanto descartados da sociedade. A Idade Média, sob a influência da Igreja já passou a adotar uma consciência mais humana que os salvaguardasse da exclusão. A Idade Moderna é marcada por uma visão mais científica que acaba por excluí-los sob o signo do patológico. A Idade Contemporânea reflete nos seus primórdios uma posição preconceituosa que confina os excepcionais em instituições especiais em que são retirados do convívio com os ditos normais. Hoje, busca-se uma integração dos diferentes físicos e mentais à sociedade, de modo que possam participar do mesmo processo de aprendizagem das pessoas "normais". Afinal, o mundo se embeleza com a diversidade, sua característica própria. Devemos nos habituar desde cedo a aceitar o outro, o diferente, sob pena de nos tornarmos seres humanos intolerantes, racistas e preconceituosos.
Hoje a educação evoluiu muito a escola tem um papel importantíssimo no processo de desenvolvimento humano, principalmente, como maior estimuladora para que um individuo desenvolva suas capacidades cognitivas.
Pessoas com algum tipo de deficiência pode ser estimuladas  e desenvolvem outras capacidades atingindo êxito em seu caminho de desenvolvimento da inteligência.
Portanto, podemos concluir que existem fatores hereditários, porem o ambiente exerce muito mais influencia  no desenvolvimento da inteligência, pois o individuo  em contato com o mundo ao seu redor é estimulado  a desenvolver suas capacidades, ele desenvolve sua inteligência, aprende a aprender. Morei em Moçambique alguns anos onde lá tive o privilégio de ter dois lindos  filhos, Ludwig e  Ezequias, o mais novo teve malária cerebral, e isto, creio que afetou um pouco a sua capacidade de aprendizagem, ao chegarmos no Brasil, o mesmo não foi aceito nas escolas entre os “normais” foi enviado para uma escola especial onde as crianças são portadoras de síndrome de down, durante um ano  que meu filho ficou nesta escola houve uma regressão muito forte, ele simplesmente adaptou com o meio começou a falar, andar, comer, enfim, igualzinho os outros. Matriculamos em outra escola   Após quatro meses podemos notar o seu  desenvolvimento em todas as áreas. De fato, houve uma grande mudança.
            Educação inclusiva significa provisão de oportunidades eqüitativas a todos os estudantes, incluindo aqueles com deficiências severas, para que recebam serviços educacionais eficazes, com os necessários serviços suplementares de auxílios e apoios, em classes adequadas à idade em escolas da vizinhança, a fim de prepará-los para uma vida produtiva como membros plenos da sociedade."
"Educação inclusiva é uma atitude de aceitação das diferenças, não uma simples colocação em salas de aula."
(Fonte: Leituras sobre inclusão. Adaptado pelo Projeto Estadual de Mudança de Sistemas para a Educação Inclusiva da Louisiana, fev. 1995.)