sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Alfabetização, uma questão de consciência crítica

Como são organizadas suas práticas pedagógicas da alfabetização propõe aos educandos?

ENTREVISTA:

 
Educadora: Viviane Melo
Atuação: Crianças de 05 anos
Escola: Formiguinha

 
        Resposta:

Nas minhas práticas de alfabetização não foram utilizados livros
adotados, as atividades eram feitas dentro da faixa etária, seguindo os conteúdos programáticos para esta fase, o método utilizado era o silábico, utilizando a linha de Paulo Freire, trabalhei jogos como dominó, jogo da memória, brincadeiras que envolvem coordenação motora fina, recorte, bolinhas, fio de lã, cordão etc; Oralidade: Musica poesias, teatro, representação utilizando o corpo. Nestas fases crianças necessitam de expressão corporal, oralidade, coordenação motora fina e ampla atividades que envolvem a memorização. Pois, os alunos simplesmente repitam as famílias silábicas ou decorem a cartilha e não interiorizem a aprendizagem. Contudo, é importante lembrar que a memorização e a repetição, quando bem orientadas e com objetivos definidos, são muito importantes na aprendizagem.
Ler palavras para que elas repitam e depois escrevam, seja coletivamente ou individualmente. Confecciona para os alunos fichas com seus respectivos nomes, em letra cursiva e em letra bastão, para proporcionar o contato deles com as letras de seus nomes e da de seus colegas. Com estas fichas são realizadas atividades como: identificar a ficha que contem o nome do colega, contar o numero de letras destacando a letra inicial e a final.
Os alunos também são solicitados a escreverem os nomes dos colegas da sala e o deles próprios para que assim se possa avaliar se conseguem fazer esta atividade sozinha, assim, a escrita realizada pelas crianças servirá para identificar em qual nível psicogenético (relatado anteriormente) elas se encontram.

Educadora: Elionai da Silva
Atuação: 5º ano do ensino fundamental
Escola: Rede municipal de ensino

        Resposta:

Minha prática pedagógica de alfabetização se dá com atividade de leitura a partir dos livros didáticos (projeto pitanguá) – (português), porem ele funciona como um direcionador, mas não o principal, trabalho outros textos, geralmente xerocados e de variáveis gêneros. Então de acordo de cada texto fazemos a leitura ora geralmente intercalados os alunos e a dramatização da história, fazendo a interpretação oral do texto (discussões). E principalmente com a oralidade para a escrita.
Outra atividade que realizo com meus alunos para ajudar na concretização da alfabetização é o trabalho de literatura, onde no inicio de cada semestre, selecionando 27 livros literatura (quantidade de alunos que eu tenho) eles são marcados e numerados. E toda a semana cada aluno lê um livro diferente, onde todos ao final terão lido os 27 livros. Na escrita peço que façam uma síntese com suas palavras dos livros que leram.

 
Educadora: Martha Helena
Atuação: 4º ano do ensino do ensino médio
Escola: Escola Estadual de 1º e 2º grau.

            Nas minhas práticas pedagógicas de alfabetização são realizadas através das modalidades organizativas, atividades que acontecem na rotina semanal. Trabalhamos com seqüência de atividades, relatos, produção de textos, orais ou escritos; elaboramos, bilhetes, avisos, cânticos, declamação de poesias, leitura de textos de brincadeiras infantis, leitura de livros, buscando a identificação dos gêneros, textuais, histórias, anúncios, poesias, mensagens, contos. Fazemos também leitura de jornais, e debatemos os assuntos relacionados a noticias procurando despertar em cada o potencial de buscar mudanças nas áreas necessárias no aspecto social Trabalha a oralidade, a leitura e a escrita de forma articulada. Fixa cartazes nas paredes para que as crianças acompanhem o que for sendo vivenciado.
Trabalhamos a leitura de forma prazerosa, lúdica e formadora de leitores. E incentivamos  a leitura através do empréstimo de livros pela biblioteca e mini-biblioteca nas salas de aula da educação infantil e primeiro ano. Existe uma atividade denominada Ciranda de Leitura, onde os livros são divididos por gêneros, cada sala fica com o que achar ideal se trabalhar. Durante a semana todo processo de leitura e produção textual é feito juntamente com a professora.

Comentário:
Foi realmente gratificante a oportunidade de fazer esta entrevista com alguém que atua na área do ensino infantil. Cuja experiência esta pautada em uma faixa etária podemos dizer complexa, em se tratando de uma idade onde tudo nos resume por quês.
         Primeira entrevista
A primeira entrevista Foi realizada no meu trabalho, onde lá conversamos, trocamos idéias e experiências. Foi realmente gratificante, cresci, apesar de não concordar muito com uma de suas respostas, por exemplo: Não adotar livros afinal este é um dos principais instrumentos de aprendizagem além daquela citada por ela, inclusive métodos valiosos ensinados por Paulo Freire.  Esse tipo de leitura só deve ser usado como leitura superficial.
Ler não é somente juntar letras e formar palavras, mas também e, fundamentalmente, significa saber interpretar, decodificar a mensagem. Não se lê apenas através de símbolos do alfabeto.
Existem outros códigos que produzem textos, tais como: uma obra de arte, uma cor, um desenho simples, um gesto ou expressão corporal, um comportamento ou atitude, uma expressão de pensamento e, assim por diante. Todas essas mensagens podem ser interpretadas de forma diferente por cada indivíduo leitor, considerando que a decodificação depende do histórico de vida de cada pessoa. Gerar um tema depende de muita leitura e interpretação das mensagens do cotidiano. Ter o hábito de observar e questionar fatos sociais configurados no dia-a-dia contribui muito para o crescimento, Todos os fatos é importante para quem quer escrever seja o que for. A opinião é formada por meio das mais variadas leituras.
Por mais que surgem idéias inovadoras, que fazem as crianças avançarem cada vez mais na aprendizagem, os livros sempre terão seu espaço todo especial. Não simplesmente nas prateleiras das bibliotecas do mundo afora, mas nas mãos de todos, não importa a idade, pois na mediada que folheamos livros e mais livro independente da idade terá a capacidade de enxergarmos novos caminhos e horizontes sendo abertos ao nosso favor.
Segunda entrevista
        Esta foi realizada no meu próprio estabelecimento de trabalho. Um recreio de 20 minutos, o tempo suficiente para entrevista-la.  Achei de suma importância o método de adotar livros. Leitura e interpretação de textos. Só não concordei com a quantidade de livros a serem lidos em tão pouco tempo. Pois, não basta ler, é necessário entender e interpretar de uma forma clara e sucinta.

        3º Entrevista

Quando tiramos tempo para realizarmos uma entrevista especialmente no que tange a área da educação há uma grande probabilidade recíproca de conhecimentos, pois são geralmente as trocas de experiências idéias e objetos que nos acrescenta cada vez mais.
Esta entrevista foi realizada Por telefone, é obvio que nos tira a liberdade de expressarmos com mais detalhes àquilo que queremos dizer e ouvirmos, mas, valeu! O precioso tempo que a entrevistada dedicou-se e com muito carinho responder os questionamentos com eficácia. Gostei muito quando a mesma defendeu com muita convicção acerca da leitura; jornais, livros, revistas etc. este incentivo é válido e principalmente necessário.

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