quarta-feira, 16 de abril de 2014

Conceito de avaliação, Qual/ quais momentos devem acontecer a avaliação? O que é diagnóstico?

Avaliar uma criança  no sentido de puni-la, é despertar nela o desinteresse pela aprendizagem, é colocar em pauta  o baixo estima, dizendo em outras palavras, pare, você  não é capaz! é matar um futuro brilhante.  Em nosso solo existem inúmeros de adultos analfabetos e seme-analfabetos, porque não foram estimulados no momento crucial de suas vidas, enquanto pequeno caminhando diariamente rumo a escola com garra e vontade de aprender, mas infelizmente muitos "professores" barraram esta busca porque não tiveram o discernimento ou entendimento  para entender o valor do incentivo. o real objetivo da avaliação.

Pois enquanto o professor avalia com amor, dedicação e perseverança o seu aluno, automaticamente ela também está sendo avaliada, no sentido de buscar a melhor maneira para que o retorno do seu ensino seja produtivo.  

A escola não é fácil e rápido, embora seja necessário e urgente. A sua transformação se dá em um campo de luta pelas conquistas sociais que têm sido em longo prazo e limitadas para a maioria da população brasileira. Portanto à escola já está tornando um dos agentes de mudança social e constituindo-se num espaço democrático, garantindo ao educando o direito de usufruir a construção do seu conhecimento, oferecendo aos professores educação continuada no sentido de se sentirem comprometidos com a qualidade da educação, ou seja, seguros do conteúdo que está transmitindo, viabilizando uma gestão mais democrática e atuante, criando propostas alternativas para uma possível superação de problemas escolares, e consequentemente avaliando o aluno com um olhar promissor.

Infelizmente num passado não muito distante, as nossas escolas eram compostas por profissionais que ocupavam a cadeira de professor não por vocação, mas, por falta de opção. Enquanto isto os alunos eram submetidos a suportarem professores amargos e nervosos. E muitos espelhavam nestes “mestres”, pois eram tidos como alguém querido e amado “tia”

No momento das aulas exigia silêncio total, aluno nota 10 para aquele quentinho que chegava em sala de aula, guardava seu material, e assentava na carteira enfileirada sem se mexer, sem perguntas, apenas responder o que for lhe perguntado. Este aluno era lembrado na hora da avaliação.  Aquele aluno barulhento, perguntador, brincalhão, este era tido como aluno problema, sem nenhuma perspectiva futura. Muitos destes, desistiram de seus estudos por falta de incentivo e compreensão, outros pulavam de sala em sala, de escola em escola, por terem sido expulsos e rejeitados.

Os que desistiram frustradamente seguiram outros caminhos em busca da sobrevivência nos trabalhos que não exigia currículo escolar. Os que permaneceram tiveram progresso e hoje são visto como exemplo, a partir de então as escolas começou a enxergar as crianças de uma forma mais pura, limpa e agradável, respeitando seu espaço, sua infância, principalmente o seu jeito de ser.  A criança deixou de ser punida por ser criança. Infelizmente a visão dos adultos acerca da criança era que elas vivessem como adulto, e automaticamente pulasse de imediato esta etapa, que era “perca de tempo” Quais etapas? As brincadeiras, as corridas, os pula-pula, os gritos, as conversas altas, brincar em sala de aula.  Enfim, viver como adulto, em silencio ao invés de gastar tempo, ganhava tempo. Nesta visão a criança não tinha animo pra ir a escola, portanto o seu desenvolvimento escolar era baixo. Mas contudo, melhor do que nada.

De acordo com a matriz de referencia  da avaliação diagnostica os processos de alfabetização  e letramento são os focos principais da matriz,  desenvolvimento de capacidade motora e cognitiva, cabendo o professor fazer um diagnostico avaliativo  nos diversos gêneros e suportes textuais como: revistas em quadrinhos, livros, bilhetes, jornais, propagandas e uso da escrita  e da leitura para melhor avaliar o seu conhecimento pela escrita. É fundamental a alfabetização  serem realizadas  através das modalidades  organizativas, atividades que acontecem na rotina semanal. Trabalhar com seguencia de atividades: relatos, produção de textos orais ou escritos, elaborar bilhetes, avisos, cânticos, declamação de poesias, leitura de textos  de brincadeiras infantis, leitura de livros, buscando a identificação dos gêneros,  textuais, histórias, anúncios, poesias, mensagens, contos. Trabalhar a oralidade, a leitura e a escrita  de forma articulada. Sabendo que, ler não é simplesmente juntar letras e formar palavras  mas também e, fundamentalmente significa saber interpretar decodificar a mensagem. Não se lê apenas através de símbolos  do alfabeto. Existem outros códigos que produzem textos: tais como: uma obra de arte, uma cor, um desenho simples, um gesto, ou expressão  de pensamento e, assim por diante  todas estas mensagens podem ser interpretadas  de forma diferente por cada individuo leitor pois a opinião é formada  por meio das mais variadas leituras.

Por mais que surgem ideias inovadoras  que fazem as crianças avançarem cada vez mais na aprendizagem, os livros sempre terão seu espaço todo especial.

Tive o privilegio de ler a crônica de Celson Antunes Palmas ao fracasso, Nesta crônica, Celso Antunes aborda de forma brilhante a capacidade do ser humano em desenvolver seus talentos, mesmo que haja algum tipo de ação. Desta forma, ele nos mostra que o importante é a capacidade de se avaliar os progressos de cada um e, não apenas, seu resultado Andréa nunca soube dizer qual filho amava mais. Luciano, agora com quinze anos, um excelente aluno, ótimo filho e magnífico atleta. Sem prejuízo de seu desempenho nas disciplinas curriculares, sempre foi “vidrado” em esportes de maneira geral e no vôlei, de forma específica. Por uma partida, paga qualquer preço e, seja qual for a renúncia que a mesma imponha, sabe cumpri-Ia com extrema dignidade e sem jamais reclamar.  Alexandre, com doze anos, é deficiente físico. Arguto, inteligente, extremamente carinhoso e com empatia que chega às raias da paixão, segue sua vida limitada pela cadeira de rodas.

Da cintura para cima é perfeito e, mesmo com suas deficiências motoras, consegue ser um verdadeiro ídolo de seus colegas, sempre chamado para qualquer festa e envolvido em todas as participações e bagunças promovidas por sua turma. Andréa está vivendo com os filhos uma fase de euforia. Luciano, após muita luta, foi convocado para representar seu país nos jogos internacionais de vôlei que se realizará, no mês de julho, em Helsinki. Alexandre, após exaustivos exercícios nas barras paralelas, conseguiu, afinal, caminhar dois metros sem o uso da cadeira. É, ainda, muito pouco, mas com persistência e muitas horas de fisioterapia conseguirá, quem sabe um dia, manter-se em pé por alguns minutos. Qual dos dois sucessos empolga mais Andréa? Impossível dizer. Não existe como comparar a seleção brasileira de um e os dois metros vencidos pelo outro. O que a torna eufórica com o desempenho de seus dois heróis são, essencialmente, seus progressos e não seus resultados. Luciano é Luciano e Alexandre é Alexandre e, jamais, o limite de um servirá de parâmetro para o limite do outro. Nem todos os professores pensam assim. Avaliando seus alunos pelos rígidos limites de uma nota, descobrem apenas o ponto máximo a que podem chegar e não a dimensão do progresso de cada um durante o ano letivo. Se um de seus alunos “cresceu” muito durante o ano e a bagagem de conceitos que domina é o dobro dos que dominava há um ano, isso de nada vale diante do parâmetro absoluto e tirano de uma nota que define o limite da reprovação. Para professores assim, apenas Lucianos interessam... Progrediu muito, mas não pode passar. Não chegou à média cinco. Parabéns para outro colega que, durante o ano, apenas regrediu, mas cujo resultado ultrapassou o absurdo número-limite.

Fonte: Celso Antunes

         

Achei super interessante as palavras de Antunes especialmente quando ele diz “O importante é a capacidade de se avaliar os progressos de cada um e, não apenas, seu resultado”. Sim! porque o resultado do aluno x não é o mesmo que o aluno y, mas sobretudo o avanço de cada um é o que interessa quando observamos os bancos de nossas escolas e vemos alunos esforçando em busca de conhecimento, e muitas vezes o resultado em questão de nota não é satisfatório. Enquanto isto existe outros que estão buscando não conhecimento mas, reconhecimento através dos diplomas e certificados, estes são os tais cérebros vazios e inchados que não tem nada a oferecer, apenas arrogância, e preconceitos aos menos favorecidos, pois na verdades a mídia não vê o homem pelo o que é, mas pelo que tem, não importa como conseguiu, de onde veio, por onde passou, o importante é ter e não ser. Esta é a sociedade em que vivemos cabe cada um de nós fazermos a nossa parte. Ou seja, fazermos a diferença, mesmo que o reconhecimento não venha, pois o importante mesmo é ter prazer naquilo que fazemos e lutarmos por aquilo que defendemos. Portanto saber avaliar os nossos alunos é importante; sabermos primeiramente avaliarmos nós mesmos como professores. Para que assim sejamos justos aos vermos o potencial de cada um daqueles que estão dependendo do nosso critério de avaliação para prosseguirem, e jamais esquecer que uma avaliação justa pode muito em seus efeitos.

 É  imprescindível que as crianças sejam alertas, curiosas, críticas e confiantes na sua própria capacidade de pensar e de dizer honestamente o que pensam. Devem ter iniciativa, levantar ideias, problemas e perguntas interessantes, relacionando as coisas umas com as outras. Mas, mais interessante é ser avaliado por um professor que sabe enxergar pequenos detalhes, mas que faz toda diferença.

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