Avaliar uma
criança no sentido de puni-la, é despertar nela o desinteresse pela
aprendizagem, é colocar em pauta o baixo estima, dizendo em outras palavras,
pare, você não é capaz! é matar um
futuro brilhante. Em nosso solo existem inúmeros de adultos
analfabetos e seme-analfabetos, porque não foram estimulados no momento crucial
de suas vidas, enquanto pequeno caminhando diariamente rumo a escola com garra
e vontade de aprender, mas infelizmente muitos "professores" barraram
esta busca porque não tiveram o discernimento ou entendimento para
entender o valor do incentivo. o real objetivo da avaliação.
É imprescindível que as
crianças sejam alertas, curiosas, críticas e confiantes na sua própria
capacidade de pensar e de dizer honestamente o que pensam. Devem ter
iniciativa, levantar ideias, problemas e perguntas interessantes, relacionando
as coisas umas com as outras. Mas, mais interessante é ser avaliado por um professor
que sabe enxergar pequenos detalhes, mas que faz toda diferença.
Pois enquanto
o professor avalia com amor, dedicação e perseverança o seu aluno,
automaticamente ela também está sendo avaliada, no sentido de buscar a melhor
maneira para que o retorno do seu ensino seja produtivo.
A escola não é
fácil e rápido, embora seja necessário e urgente. A sua transformação se dá em
um campo de luta pelas conquistas sociais que têm sido em longo prazo e
limitadas para a maioria da população brasileira. Portanto à escola já está
tornando um dos agentes de mudança social e constituindo-se num espaço
democrático, garantindo ao educando o direito de usufruir a construção do seu
conhecimento, oferecendo aos professores educação continuada no sentido de se
sentirem comprometidos com a qualidade da educação, ou seja, seguros do
conteúdo que está transmitindo, viabilizando uma gestão mais democrática e
atuante, criando propostas alternativas para uma possível superação de
problemas escolares, e
consequentemente avaliando o aluno com um olhar promissor.
Infelizmente num passado não
muito distante, as nossas escolas eram compostas por profissionais que ocupavam
a cadeira de professor não por vocação, mas, por falta de opção. Enquanto isto
os alunos eram submetidos a suportarem professores amargos e nervosos. E muitos
espelhavam nestes “mestres”, pois eram tidos como alguém querido e amado “tia”
No momento das aulas exigia
silêncio total, aluno nota 10 para aquele quentinho que chegava em sala de
aula, guardava seu material, e assentava na carteira enfileirada sem se mexer,
sem perguntas, apenas responder o que for lhe perguntado. Este aluno era
lembrado na hora da avaliação. Aquele
aluno barulhento, perguntador, brincalhão, este era tido como aluno problema,
sem nenhuma perspectiva futura. Muitos destes, desistiram de seus estudos por
falta de incentivo e compreensão, outros pulavam de sala em sala, de escola em
escola, por terem sido expulsos e rejeitados.
Os que desistiram frustradamente
seguiram outros caminhos em busca da sobrevivência nos trabalhos que não exigia
currículo escolar. Os que permaneceram tiveram progresso e hoje são visto como exemplo,
a partir de então as escolas começou a enxergar as crianças de uma forma mais
pura, limpa e agradável, respeitando seu espaço, sua infância, principalmente o
seu jeito de ser. A criança deixou de
ser punida por ser criança. Infelizmente a visão dos adultos acerca da criança
era que elas vivessem como adulto, e automaticamente pulasse de imediato esta
etapa, que era “perca de tempo” Quais etapas? As brincadeiras, as corridas, os
pula-pula, os gritos, as conversas altas, brincar em sala de aula. Enfim, viver como adulto, em silencio ao
invés de gastar tempo, ganhava tempo. Nesta visão a criança não tinha animo pra
ir a escola, portanto o seu desenvolvimento escolar era baixo. Mas contudo,
melhor do que nada.
De acordo com
a matriz de referencia da avaliação
diagnostica os processos de alfabetização
e letramento são os focos principais da matriz, desenvolvimento de capacidade motora e
cognitiva, cabendo o professor fazer um diagnostico avaliativo nos diversos gêneros e suportes textuais como:
revistas em quadrinhos, livros, bilhetes, jornais, propagandas e uso da
escrita e da leitura para melhor avaliar
o seu conhecimento pela escrita. É fundamental a alfabetização serem realizadas através das modalidades organizativas, atividades que acontecem na
rotina semanal. Trabalhar com seguencia de atividades: relatos, produção de
textos orais ou escritos, elaborar bilhetes, avisos, cânticos, declamação de
poesias, leitura de textos de
brincadeiras infantis, leitura de livros, buscando a identificação dos
gêneros, textuais, histórias, anúncios,
poesias, mensagens, contos. Trabalhar a oralidade, a leitura e a escrita de forma articulada. Sabendo que, ler não é
simplesmente juntar letras e formar palavras
mas também e, fundamentalmente significa saber interpretar decodificar a
mensagem. Não se lê apenas através de símbolos
do alfabeto. Existem outros códigos que produzem textos: tais como: uma
obra de arte, uma cor, um desenho simples, um gesto, ou expressão de pensamento e, assim por diante todas estas mensagens podem ser
interpretadas de forma diferente por
cada individuo leitor pois a opinião é formada
por meio das mais variadas leituras.
Por mais que
surgem ideias inovadoras que fazem as
crianças avançarem cada vez mais na aprendizagem, os livros sempre terão seu
espaço todo especial.
Tive o privilegio de ler a crônica
de Celson Antunes Palmas ao fracasso, Nesta crônica, Celso Antunes aborda de
forma brilhante a capacidade do ser humano em desenvolver seus talentos, mesmo
que haja algum tipo de ação. Desta forma, ele nos mostra que o importante é a
capacidade de se avaliar os progressos de cada um e, não apenas, seu resultado
Andréa nunca soube dizer qual filho amava mais. Luciano, agora com quinze anos,
um excelente aluno, ótimo filho e magnífico atleta. Sem prejuízo de seu
desempenho nas disciplinas curriculares, sempre foi “vidrado” em esportes de
maneira geral e no vôlei, de forma específica. Por uma partida, paga qualquer
preço e, seja qual for a renúncia que a mesma imponha, sabe cumpri-Ia com
extrema dignidade e sem jamais reclamar.
Alexandre, com doze anos, é deficiente físico. Arguto, inteligente,
extremamente carinhoso e com empatia que chega às raias da paixão, segue sua
vida limitada pela cadeira de rodas.
Da cintura
para cima é perfeito e, mesmo com suas deficiências motoras, consegue ser um
verdadeiro ídolo de seus colegas, sempre chamado para qualquer festa e
envolvido em todas as participações e bagunças promovidas por sua turma. Andréa
está vivendo com os filhos uma fase de euforia. Luciano, após muita luta, foi
convocado para representar seu país nos jogos internacionais de vôlei que se
realizará, no mês de julho, em Helsinki. Alexandre, após exaustivos exercícios
nas barras paralelas, conseguiu, afinal, caminhar dois metros sem o uso da
cadeira. É, ainda, muito pouco, mas com persistência e muitas horas de
fisioterapia conseguirá, quem sabe um dia, manter-se em pé por alguns minutos.
Qual dos dois sucessos empolga mais Andréa? Impossível dizer. Não existe como
comparar a seleção brasileira de um e os dois metros vencidos pelo outro. O que
a torna eufórica com o desempenho de seus dois heróis são, essencialmente, seus progressos e não seus resultados. Luciano é
Luciano e Alexandre é Alexandre e, jamais, o limite de um servirá de parâmetro
para o limite do outro. Nem todos os professores pensam assim. Avaliando seus alunos pelos rígidos limites
de uma nota, descobrem apenas o ponto máximo a que podem chegar e não a
dimensão do progresso de cada um durante o ano letivo. Se um de seus alunos
“cresceu” muito durante o ano e a bagagem de conceitos que domina é o dobro dos
que dominava há um ano, isso de nada vale diante do parâmetro absoluto e tirano
de uma nota que define o limite da reprovação. Para professores assim, apenas Lucianos
interessam... Progrediu muito, mas não pode passar. Não chegou à média cinco. Parabéns para outro colega que, durante o
ano, apenas regrediu, mas cujo resultado ultrapassou o absurdo número-limite.
Fonte: Celso Antunes
Achei
super interessante as palavras de Antunes especialmente quando ele diz “O
importante é a capacidade de se avaliar os progressos de cada um e, não apenas,
seu resultado”. Sim! porque o resultado do aluno x não é o mesmo que o aluno y,
mas sobretudo o avanço de cada um é o que interessa quando observamos os bancos
de nossas escolas e vemos alunos esforçando em busca de conhecimento, e muitas
vezes o resultado em questão de nota não é satisfatório. Enquanto isto existe
outros que estão buscando não conhecimento mas, reconhecimento através dos
diplomas e certificados, estes são os tais cérebros vazios e inchados que não
tem nada a oferecer, apenas arrogância, e preconceitos aos menos favorecidos,
pois na verdades a mídia não vê o homem pelo o que é, mas pelo que tem, não
importa como conseguiu, de onde veio, por onde passou, o importante é ter e não
ser. Esta é a sociedade em que vivemos cabe cada um de nós fazermos a nossa
parte. Ou seja, fazermos a diferença, mesmo que o reconhecimento não venha,
pois o importante mesmo é ter prazer naquilo que fazemos e lutarmos por aquilo
que defendemos. Portanto saber avaliar os nossos alunos é importante; sabermos
primeiramente avaliarmos nós mesmos como professores. Para que assim sejamos
justos aos vermos o potencial de cada um daqueles que estão dependendo do nosso
critério de avaliação para prosseguirem, e jamais esquecer que uma avaliação
justa pode muito em seus efeitos.
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