domingo, 3 de abril de 2011

BRINCADEIRAS QUE GERAM DESENVOLVIMENTO

As brincadeiras são fontes inesgotáveis e riquíssimas para o desenvolvimento cognitivo social, e afetivo da criança. Aos olhos humanos as brincadeiras parece algo simples e normal, coisa de criança! Atualmente a educação esta olhando a brincadeira como algo importante e dando o mesmo valor que a criança sempre deu desde que o mundo é mundo, surgindo à priorização do lúdico, as escolas improvisando brinquedotécas.  Outrora a criança brincava, mas não tinha apoio e nem mesmo oportunidade de desenvolver-se a partir das brincadeiras não por elas, mas pela visão arcaica que vinham dos adultos, ou seja, brincadeira não passa de brincadeira. Hoje cada brinquedo e brincadeira têm o seu significado, por trás de cada ação da criança trás uma serie de explicação e esclarecimento. Cada criança tem sua história e seu mundo diferente, mas todas tem algo em comum gostam de brincar, não foi Piaget, Vygotsky, nem mesmo Wallon que descobriu a brincadeira e trouxe para as crianças, mas é algo nato, a criança nasce com este instinto, que naturalmente vai desenvolvendo-se dia após dia a partir do seu nascimento. O desejo de brincar, de descobrir algo novo em suas próprias brincadeiras vai surgindo e crescendo diariamente. Quando não brinca por falta de oportunidade, ou etc... Ela certamente esta presa, sem nenhum espaço para desenvolver-se então as sequelas aparecem claramente de uma criança desanimada, angustiada, triste, cabisbaixa, abatida, tímida, antissocial, enfim uma criança fechada pra vida. E aberta a uma enfermidade às vezes sem cura. As brincadeiras proporcionam a criança liberdade, alegria, vontade e prazer de estudar, força para correr, pular, gritar, sorrir, interagir e amar. Estas são as caraterísticas de uma criança feliz que tem toda probabilidade de vencer os desafios que a vida os oferecem. Disposição para correr atrás de seus objetivos. O lúdico é uma forma de aprendizagem para estimular a vida social e a atividade construtiva do educando. O jogo e a brincadeira são uma situação de aprendizagem regras e a imaginação favorece a criança comportamentos além dos habituais, dá a criança a possibilidade de vencer ou perder, mas, o real objetivo é saber competir com dignidade e aprender que nem sempre é só vitórias, as derrotas também têm sua importância, com elas aprendemos a levantar prosseguir em frente na certeza de que nada está perdido. A relação do lúdico com o desenvolvimento e a aprendizagem.

No Jogo simbólico esta assimilação toma a de
um uso particular da função. Semiótica
(simbólica), a saber,  a criação de símbolos livres no sentido de Expressar tudo que, na experiência da vida infantil, não pode ser formulado. E assimilado por meio da linguagem apenas.  
(Piaget e Inhelder, 1969, p.61).
O jogo é construtivo, conduzindo a criança ao desenvolvimento cognitivo, onde a sua manifestação não fica limitada ao que lhe transmite o jogo, mas ao que pode vir a processar no âmbito do desenvolvimento através visualizações e descobertas por Ela conquistadas no momento da diversão. Desse modo, deve-se então respeitar o interesse do aluno e trabalhar a partir da sua espontaneidade, formulando os desafios necessários à sua capacidade e acompanhando seu processo de construção do conhecimento. Para esse autor, também é a representação em atos, através do jogo simbólico, a primeira possibilidade de pensamento propriamente dito, marcando a passagem de uma inteligência sensório – motora, para uma inteligência representativa pré – operatória.

Outra importante contribuição nesta temática foi a de Maria Montessori que desenvolveu um método e debruça-se sobre uma proposta educacional onde o aluno é o sujeito de sua própria educação proporcionando-lhes a possibilidade de vivenciar os valores que se propõe atingir ao longo da ação educativa que exercem, bem como, propiciar a liberdade de movimentos e autodisciplina e a autodeterminação. Nele o educando é educador de si mesmo, tendo a possibilidade de escolher seu trabalho, de se mover por conta própria, de se tornar responsável pelo seu progresso e crescimento.

       “Pelo método, o educando caminha para a independencia “E liberdade, numa atividade autodirigida”.
         ( Mafra, 1986, 22).


O método Montessori não foi inventado, foi construído na vida diária da criança, criando estratégias e propostas que aguçam os pequenos a abrir, fechar, encaixar, abotoar, tatear, calcular, contar e uma infinidade de outros atrativos que provocam o raciocínio e auxiliam todo tipo de aprendizado do sistema decimal à estrutura da linguagem. O material dourado é um exemplo dos materiais criados por Maria Montessori que ainda hoje é largamente usado nas escolas públicas e particulares do Brasil e do mundo todo. As contribuições dessa médica, pedagoga, antropóloga e psicóloga para a área educacional, são ainda hoje universais como se percebem na utilização da disposição circular dos alunos, os jogos pedagógicos sempre disponíveis, os cubos lógicos de madeira para o ensino de matemática, como também na utilização do preceito da criança ser o condutor do próprio aprendizado; o educador ser um mediador do conhecimento e ainda, a educação voltada para o desenvolvimento de seres humanos autoconfiantes e independentes que visam tanto o bem individual quanto o bem coletivo. A importância do brincar tem sido evidenciada também em pesquisas recentes que levam a supor que o brincar pode aumentar certos tipos de aprendizagens, em particular, aqueles que requerem processos cognitivos mais elaborados Através da imaginação e da exploração, as crianças desenvolvem suas próprias teorias do mundo, que permitem a negociação entre o mundo real e o imaginado por elas. Assim, dando tempo para brincar, um ambiente para explorar e materiais que favoreçam as brincadeiras, os adultos estarão promovendo a aprendizagem das crianças. As brincadeiras proporcionam o aprender fazendo e brincando, possibilita à criança apreender novos conceitos, adquirir informações e até mesmo superar dificuldades que venham a encontrar em suas tentativas de aprendizagem. A sociedade em si reconhece o brincar como parte da infância. Essa nobre atividade é destacada como vimos nas várias concepções teóricas, onde cada um à sua maneira mostra a importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil como também para a aquisição de conhecimentos. Diante da relevância do brincar para o desenvolvimento da criança viu-se a partir da década de 60 surgirem as brinquedotecas na Europa e no Brasil em 1980, estimulando instituições a destinarem atenção ao ato de brincar. Dentro de uma perspectiva comunitária podemos destacar a ação da Pastoral da Criança, que norteada pelo seu principal objetivo que é o de mobilizar a família e toda a comunidade para que, num contexto de fé, desenvolvam ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida das crianças, desenvolve o projeto “Brinquedos e Brincadeiras” que prioriza o estímulo de brincar nas comunidades, tendo como principal objetivo:

                    “Estimular nas nossas comunidades o brincar como
                     Elemento indispensável ao pleno desenvolvimento
                     Das crianças”.
                                            (SANTOS, 1997, p.10).
Tal projeto propõe assim a implantação de brinquedotecas comunitárias. A brinquedoteca da Pastoral da Criança se difere das demais por não possuir locais e muito menos recursos para a reunião de um acervo de brinquedos, criando assim características próprias como: A) O resgate da cultura local, através do estímulo às danças jogos, músicas e outras atividades lúdicas de cada comunidade; B) O incentivo de brincar junto, em que as famílias, compreendendo a importância das atividades lúdicas, delas participem; C) O estímulo a atividades realizadas em contato com a natureza; D) A realização de oficinas de brinquedos, onde os adultos e adolescentes constroem, com material de baixo custo coletado pela própria comunidade, brinquedos que possam ser doados, emprestados ou trocados para as crianças menores; E) A troca de brinquedos, quando as crianças e as famílias emprestam seus brinquedos industrializados ou construídos artesanalmente, para que todos tenham oportunidade de vivenciar brincadeiras diferentes. Destaca-se aqui este projeto por ter sido a partir de experiências como voluntária do mesmo, que surgiu o interesse pela pesquisa em questão.





sábado, 5 de março de 2011

BRINCADEIRAS, EDUCAÇÃO E CUIDADO



 A pedagogia eficaz esta presente no cuidar, educar e brincar, pois, estes são fatores fundamentais e inseparáveis, é imprescindível  que andem juntos para o desenvolvimento da criança. Hoje as Instituições estão valorizando as brincadeiras. Não muito tempo atrás as Instituições não davam seu devido valor o preconceito estava presente  entre os pais e sociedade, pois para eles brincadeiras nas escolas eram passa tempo  e perca de tempo. Não conseguia extrair dali algo positivo.
Hoje as Instituições estão atentas a este fator tão importante na vida das crianças, pois além do prazer e alegria que a atividade lúdica promove desperta interesse de aprendizagem e os próprios adultos também tem sido beneficiados pelo fato de ver o retorno positivo que as brincadeiras tem proporcionado.
São através das brincadeiras que elas são motivadas a pensar, e valorizar a si própria acreditando no seu potencial. Aprender brincando é uma das maneiras mais fácies e agradáveis. Isentar as brincadeiras na educação da criança é desvalorizar a sua verdadeira essência.  é matar a oportunidade que ela tem de crescer saudável e feliz.
Sabendo que, nenhuma criança é igual a outra, cada uma tem sua vida e sua particularidade, problemas, dificuldades e desafios diferentes  que são apresentados pelos adultos em seus lares e sociedade, mas todas tem algo em comum o desejo de brincar e continuar brincando. E as brincadeiras tem o “poder” de transformar aquelas crianças tristes em  crianças alegres, elas pulam, correm, brincam, gritam, conversam, lutam, enfim, brincadeiras que deixam livres e soltas para a vida.
As brincadeiras transmitem a criança imaginação, a criatividade, a
fantasia, o desenvolvimento motor, a interação social, a produção de cultura, o aprendizado de regras, o valor da vida, da interação, da amizade, do respeito, obediência, amor ao próximo, responsabilidade, conhecimento e desenvolvimento.
A criança cresce e desenvolve-se em um ambiente que tem a sua cara, um mundo de cores, fantasias e brincadeiras.
      
Brincar é, sem dúvida, uma forma de aprender, mas é muito
mais que isso. Brincar é experimentar-se, relacionar-se,
imaginar-se, expressar-se, compreender-se, confrontar-se,
negociar, transformar-se, ser. Na escola, a despeito dos
objetivos do professor e de seu controle, a brincadeira não
envolve apenas a atividade cognitiva da criança. Envolve a
criança toda. É prática social, atividade simbólica, forma de
interação com o outro. Acontece no âmago das disputas sociais,
implica a constituição do sentido. É criação, desejo, emoção,
ação voluntária (Fontana & Cruz, 1997, p. 139).



 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Estimulação psicossocial

A estimulação psicossocial é algo fundamental na pré-escola, pois estas são as primeiras experiências com o meio que influenciarão muito no futuro. Pois este é um período crucial na vida da criança Portanto é imprescindível que haja desenvolvimento nos anos escolares, apesar das dificuldades  e  exigências do meio.
A partir da concepção do ser humano, dá-se inicio a um longo e importante processo de desenvolvimento. Segundo Shepherd (1996) o corpo cresce à medida que o Sistema Nervoso se modifica pelo crescimento. As conexões entre as células nervosas (sinapses) estão na dependência do uso da estimulação.
Portanto,  a partir do nascimento cada estímulo é registrado e provoca transformações na estrutura interna do cérebro. Se não forem estimuladas adequadamente naquele período elas simplesmente não se formam mais,  e pode trazer sérias conseguencias no desenvolvimento psicomotor das crianças.
segundo Piaget a afetividade, corresponde à energética, a motivação, portanto o que move as ações. O meio produz efeito positivo ou negativo na vida da criança

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

OS SONS DA FLORESTA


No século III d. C., o rei T’são mandou seu filho, o príncipe Tai, ir estudar no templo com o grande mestre Pan Ku. O objetivo era preparar o príncipe, que iria suceder ao pai no trono, para ser um grande administrador. Quando o príncipe chegou ao templo, o mestre Pan Ku logo o mandou, sozinho, à floresta de Ming-Li. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever os sons da floresta. Passado o prazo, Tai retornou e Pan Ku lhe pediu para descrever os sons de tudo aquilo que tinha conseguido ouvir.
“Mestre”, disse o príncipe, “Pude ouvir o canto dos cucos, o roçar das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo suavemente na grama, o zumbido das abelhas e o barulho do vento cortando os céus”. Quando Tai terminou, o mestre mandou-o de volta à floresta para ouvir tudo o mais que fosse possível. Tai ficou intrigado com a ordem do mestre. Ele já não tinha distinguido cada som da floresta?
Por longos dias e noites o príncipe se sentou sozinho na floresta, ouvindo, ouvindo. Mas não conseguiu distinguir nada além daqueles sons já mencionados ao mestre Pan Ku. Então, certa manhã, sentado, entre as árvores da floresta, começou a discernir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. Quanto mais atenção prestava, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. “Esses devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse”, pensou. Sem pressa, o príncipe passou horas ali, ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria ter a certeza de que estava no caminho certo.
Quando Tai retornou ao templo, o mestre perguntou o que mais ele tinha conseguido ouvir. “Mestre”, respondeu reverentemente o príncipe, “quando prestei mais atenção, pude ouvir o inaudível – o som das flores se abrindo, do sol aquecendo a terra e da grama bebendo orvalho da manhã”. O mestre acenou com a cabeça em sinal de aprovação. “Ouvir o inaudível é ter a disciplina necessária para se tornar um grande administrador”, observou Pan Ku. “Apenas quando aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, os medos não confessados e as queixas silenciosas, um administrador pode inspirar confiança a seu povo, entender o que está errado e atender as reais necessidades dos cidadãos...”
(Texto extraído da revista exame de 28 de outubro de 1992).
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sábado, 12 de fevereiro de 2011

LUTA CONTRA O PRECONCEITO


Simplesmente Fantástico, Parabéns TAM!!

Aconteceu na Tam, pessoal, é verídico !!!

Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.
Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.
'Qual o problema, senhora?', pergunta a comissária..
'Não está vendo?' - respondeu a senhora - 'vocês me colocaram ao lado de um negro.
Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira'
'Por favor, acalme-se' - disse a aeromoça - 'infelizmente, todos os lugares estão ocupados.
Porém, vou ver se ainda temos algum disponível'.
A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.
'Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe econômica.
Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe econômica.
Temos apenas um lugar na primeira classe'. E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:
'Veja, é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe.
Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável'.
E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:
'Portanto senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe...'
E todos os passageiros próximos, que, estupefatos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.
'O que me preocupa não é o grito dos maus. E sim o silêncio dos bons...' (Martin Luther King)

"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, ainda haverá guerra."
(Bob Marleyimplesmente Fantástico, Parabéns TAM!!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

COMO EDUCAR UM FILHO



Os nossos filhos, enquanto pequenos são os nossos "eternos"  imitadores, imita o nosso olhar, gestos e palavras. pra eles representamos a sua ponte de passagem. veja só que exemplo! 

PROFESSOR NOTA ZERO

 Ely Paschoalick 
Um exemplo vivo para a educação brasileira.



As universidades também têm professores nota zero
Outro dia escrevi um artigo sobre o ENEM recordando uma criança que ganhara um concurso literário com uma poesia composta de duas linhas e quatorze palavras.
Este fato estimulou uma leitora a enviar-me um e-mail relatando uma experiência sua com uma professora nota zero na Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Conta-me, a leitora, que uma determinada professora solicitou, para fins avaliativos, que cada aluno individualmente apresentasse cenicamente uma poesia para os colegas.   
Chegando sua vez, a aluna teatralizou um poema de Carlos Drummond de Andrade composto de três linhas e oito palavras, incluindo-se entre elas dois artigos definidos e uma conjunção:

COTA ZERO
STOP
A VIDA PAROU...
OU FOI O AUTOMÓVEL?
A professora raivosa tomou a atitude como uma afronta pessoal e “aos gritos” deu o prazo de sete dias para a aluna apresentar outro texto.
Talvez para ela Drummond não era poeta... Ou “Cota Zero” não era peça literária... Ou na verdade ela desejaria era que os alunos memorizassem infindáveis estribilhos...
Não sei o motivo, todos acima são conjunturas, pois a mim eles não foram relatados. Apenas a aluna contou que a professora marcou dia e hora para a última chance da universitária.
Chegada a hora da derradeira audição a aluna repetiu Drummond e a professora reage de uma forma inusitada:
“Ela me agarrou pelos braços e foi me arrastando pelo corredor da faculdade dizendo que me levaria para a coordenadora do curso pelo afronto à pessoa dela.
Até que eu caí na real e dei-lhe um solavanco dizendo para ela sim, me respeitar e respeitar o que Drummond escreveu. Disse-lhe também que eu não poderia pagar pelo que Drummond escrevera. Que ela, como professora, poderia me avaliar com nota baixa, mas jamais dizer que não cumpri o proposto ou que não obedecera ao critério imposto uma vez que o mesmo fora o de teatralizar um poema”.
Os argumentos da universitária serviram apenas para livrá-la da sala da coordenação, pois ao ter sua nota publicada verificou que recebera um zero. Como tal nota não prejudicava a aprovação da aluna no curso, esta resolveu deixar para lá.  
No entanto hoje aqui nesta coluna registramos a nota zero a esta professora universitária.

NOTA ZERO por ser uma professora que não definiu previamente os critérios de exigências na apresentação de um trabalho.
NOTA ZERO por ter usado de sua força autoritária sobre a aluna.
NOTA ZERO por ter levado uma relação profissional para o pessoal-emotivo.
NOTA ZERO por desprezar a criatividade da aluna e de Drummond.
Você consegue imaginar um diálogo entre esta professora NOTA ZERO e Drummond?
Fale comigo pelo: elypaschoalick@gmail.com
Saiba melhor quem é Elypaschoalick lendo aqui
Conheça os temas das palestras de Elypaschoalick 

*Ely Paschoalick é educadora e consultora em comportamento humano, nascida em Batatais - SP. É a terceira filha dos educadores sociais Guilherme Paschoalick e Maria Alzira Corrêa Paschoalick. Ely é avó de cinco netos Eduardo, Fernando, Roberto, Nikolas e Guilherme. É mãe de Tatiana Cristina, Vanessa Cristina e Moisés Guilherme. Paschoalick realiza palestras por todo o Brasil; atende consultas de orientação às crianças, jovens, pais, professores, supervisores e demais envolvidos no processo educacional; presta consultoria educacional aplicada em escolas e consultoria organizacional a empresas de prestação de serviço, comércio e indústria. É mediadora do programa "Concentração Training" cujos exercícios ampliam o poder de: Observar! Analisar! Perceber! Comparar! Sintetizar! Concluir! E auxiliam o aluno a desenvolver uma autoestima positiva. Ely é colunista de vários sites e constantemente está na mídia regional do Triângulo Mineiro -onde reside- que carinhosamente a chama de "Super Nany do Cerrado”. Ely Paschoalick possui formação em Administração Escolar, com especialização em consultoria Organizacional e Educacional. Atua profissionalmente desde 1968 tendo ministrado palestras, cursos e consultas para mais de 30 mil pessoas atendendo consultas a alunos de todas as idades, pais e educadores.

Lista de artigos...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

lutar contra o preconceito é lutar a favor da vida.

A  inclusão vai muito alem de apenas admitir alunos com necessidades especiais nas salas de aula, os professores tem que está preparado e não basta um ou dois professores serem capacitados, mas sim,  toda a equipe. Há também que ser desenvolvido um trabalho de conscientização dos pais e das outras crianças para que haja não só a inclusão, mas uma verdadeira relação de convivência e interação do aluno especial na escola. 
Estou  indignada, recebi uma ligação de uma mãe desesperada, pedindo ajuda, dizendo não saber o que fazer, o fato é que esta senhora e seu esposo são portadores do HIV e seu lindo filho também. esta criança teve uma vida normal em sua  escola, até o momento em que a direção e os pais de outras crianças souberam deste fato, e então acabou a paz desta criança e de sua familia, seus pais tiveram que tira-lo da escola para assim ter um pouco de paz.
Sinceramente, eu vivo em um Pais maravilhoso, tive o privilegio de conhecer e viver em outros lugares fora do Brasil, nenhum lugar por onde passei substituiu em meu coração o lugar todo especial que sinto pela minha Patria. mas nem por isto deixo de enchergar o lado negro e negativo que ainda existe em nosso Pais que é o preconceito.
Tenho o privilégio de trabalhar com uma linda jovem, especial, as vezes esqueço que é especial, justamente por ser tão dedicada e inteligente uma jovem que tem mais o que ensinar do que aprender. jamais substimei a sua capacitade, pelo contrário sou surpreendida dia após dia diante da sua determinação, coragem e vontade de vencer. 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

LUTA CONTRA O PRECONCEITO



Grupo de Tai Chi Chuan, portadores de autismo em graus diversos.
Apresentação no Festival das Estrelas da cidade de Anjo, 2010.

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Blogagem coletiva
Tema: Inclusão de deficientes físicos/portadores de necessidades especiais na sociedade.
Mais informações no blog da querida amiga Pandora, clique aqui!
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Conto um "causo"...

Lembro-me quando era ainda adolescente...
Casa de cultura - Ipiranga, São Paulo.
Dia de show beneficente, o destaque era um grupo de cantores deficientes visuais.

Chega uma apresentadora toda sorridente.
E começa um discurso longo e chaaaaato, piegas até a raiz dos pentelhos.
Elogia os artistas, "estes deficientes são heróis, estão aqui para provar que o deficiente também pode, que mesmo sofrendo tanto e tento uma vida tão amargurada ainda conseguem sorrir e cantar"...
E toma elogios aos pobres e sofridos deficientes desbravadores, batalhadores, animadores, das dores, sei lá mais o que.

De saco cheio, uma integrante do grupo de cantores deficientes-desbravadores-batalhadores-etc-das-dores, microfone em mãos, disse: a senhora poderia interromper esta humilhação pública para a gente poder cantar? Nosso problema é nos olhos, não na garganta, a gente não vê a flor, mas cantá-la, podemos sim!

Esta menina autista estava no meio do grupo de dança Yosakoi
(Yosakoi, a dança das "castanholas" japonesas, leia/releia o post que fiz anteriormente.).
Igual às outras crianças, ela se esforçou e ficou feliz com sua arte.
Nem mais, nem menos, ela é uma criança esforçada.

Neste dia aprendi que:
- é muito humilhante ser visto como "coitadinho, menos".
- ser visto como herói , por superar obstáculos - cansa.
- é chato que lhe atribuam o papel de "exemplo de vida" quando muitas vezes apenas tenta-se viver melhor.
- deficiente não é coitadinho e sim tem uma condição diferente de vida, com necessidades próprias.

Nosso papel é compreender o modus operandi da vida do outro, que sempre será diferente da nossa, não importa que condição temos. E facilitar, melhorar para todos (exigir rampas de acesso, respeitar vagas de portadores de deficiência em supermercados, etc)
Cada um tem suas deficiências, necessidades e eficiências.
Não devemos é tornar tudo mais difícil... mesmo quando queremos ajudar.

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Me lembro do que diziam alguns amigos portadores de necessidades especiais que faziam faculdade comigo.
Sempre me reportavam que o "preconceito às avessas" cansava tanto ou mais que o preconceito direto.

Para eles, terrível era sair às ruas e ver gente olhando "com cara cheia de ternura e carinho, mãos em tchauzinho e sinais de positivo com a cabeça". Olhares marejados de piedade aos pobres miseráveis deficientes.
Gente que quer expressar sua simpatia e compaixão, trazem docinho e flor ao vê-los na rua, que chora emocionada e consternada quando eles passam.
E quando eles conseguiam subir uma calçada, por exemplo, sempre vinha um sem-noção que  parava e começava a aplaudir, gritando "não desista, você chega lá". Vida que vira um Teleton/Criança Esperança.

Era preciso contar até mil ao ouvir conversinhas do tipo: nossa, você é paralítico, está na cadeira de rodas mas sorri! E eu aqui, "perfeito", só reclamando da vida. Você é ma-ra-vi-lho-so e outras palavras elogísticas heróicas...
Ah, claro! Sem esquecer os que vinham consolar e justificar: aguente firme, meu irmão, isso é resgate da outra vida que você foi muito mal e agora está pagando!

Ai dos meus amigos, quando reclamavam aos piedosos, sempre ouviam: estou querendo ser legal com você, deficiente. E você acha ruim, seu ingrato?

Este tipo de postura muitas vezes é mais excludente que o preconceito direto, por humilhar. Ninguém gosta de ser visto e tratado como menos, inferior, infantilóide.
Fora que deficiente não é dublê de Jesus: eles também tem bons e maus sentimentos, bons e maus momentos, como qualquer pessoa.

O que eles mais desejavam, como deficientes?

Que fossem tratados e respeitados como qualquer cidadão, independente de raça, cor, condição econômica e física também.
Que os ditos "normais" os olhassem na alma, a fim de entender que são gente como qualquer gente neste mundo.
Legal é ser respeitado, não "amado" como se fossem cachorros fofinhos.
E claro, condições sociais para viver de maneira adequada e independente, poder exercer sua cidadania, participação em sociedade.
Apenas isso, o resto eles se viram.

E quem realmente os ajuda é aquela pessoa que naturalmente faz isso com qualquer um. 
Se aproxima num sorriso, age normalmente e bota a mão na massa.
Pessoas que fazem o bem por ser a natureza pessoal delas e não fazem teatro de suas boas ações.

Mais um grupo de pessoas com deficiências diversas - autismo, visão, esquizofrenia, etc.
encontram equilíbrio e paz na suavidade do Tai Chi Chuan.

Gosto dessas apresentações, acontecem por todo o Japão.
Atividades e temas diversos, integração.
Esta é na estação de trem JR Anjo, aqui em Aichi.
Estão lá, deficientes e não-deficientes unidos e compondo um único espetáculo.

Nada de anúncios do tipo: "olha ai os deficientes, os coitados" ou coisa parecida.
Simplesmente fazem sua apresenteção e saem orgulhosos por terem feito tudo direitinho.
Assistir chorando? Só se for pela emoção da apresentação em si, não por eles, que estão atuantes na sociedade, eficientes.


A apresentação foi perfeita.
Claro, porque seria diferente?
Eles não são diferentes de mim nem de você.

Ajuda muito mais quem briga por uma entrada especial para deficientes, placas e papéis em braile, sinal sonoro nos semáforos do que afaguinhos melosos