sexta-feira, 27 de maio de 2011

O PRECONCEITO AINDA IMPEDE UMA INCLUSÃO INCONDICIONAL AOS DEFICIENTES FISICOS E MENTAL

"Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças" (Mantoan)
Acredito que a educação inclusiva é uma evolução, um passo a mais na educação, no entanto até que chegue ao patamar ideal ainda falta percorrer um longo caminho, é um passo importante fazer com que essas crianças se sintam parte da sociedade como iguais e, mais que fazer parte, serem integrantes de fato.
A inclusão vai muito além de apenas admitir alunos com necessidades especiais nas salas de aula, os professores tem que está preparado e não basta um ou dois professores serem capacitados, mas sim,  toda a equipe. Há também que ser desenvolvido um trabalho de conscientização dos pais e das outras crianças para que haja não só a inclusão, mas uma verdadeira relação de convivência e interação do aluno especial na escola. 

Mas acredito que a maior deficiência se chama preconceito, não enxerga, não anda pra frente, não tem sentimentos, muito menos sensibilidade, estes e outros são sintomas que impedem o desenvolvimento de uma educação inclusiva.  O preconceito foi algo herdado que tem passado de geração a geração devido às diferenças que continuam desde que o mundo é mundo; somos brancos, pretos, mulatos, alguns deficientes físicos e outros mentais, o que importa? Somos um povo, uma geração de pessoas diferentes, mas todos tem algo em comum, somos gente!  Portanto o direito ao respeito e a dignidade precisa esta presente em cada ser.  Infelizmente, muitas de nossas escolas não assumem o seu verdadeiro papel de escola inclusiva, a criança apenas passa por lá, não fica. Muitas mães saem de porta em porta em busca de uma escola que venha corresponder com as necessidades de seu filho. Quando encontra, já fica na expectativa e tensão acerca das futuras reuniões, onde reclamações e reclamações, partem de  profissionais e professores despreparados para tal função. Vivo este drama na pele, tenho um filho especial. Inclusive encontrei nele o impulso e desejo de fazer um curso de pedagogia também na expectativa de entendê-lo e ajuda-lo, aprendi, muito, mas não o suficiente, mas tenho algo que supera todas as dificuldades diária, o meu amor por ele, um amor que nunca explode mas que esta sempre firme e forte.
Sinceramente, eu espero que nós como escola possamos amar mais, entender mais, e fazer mais e melhor, para que as nossas crianças independente da sua condição física, mental ou cultural possa regozijar não apenas no futuro distante, onde os mesmos já deixaram de ser criança, mas hoje um presente alegre, uma infância feliz. Pois, todos são iguais, o que diferencia são detalhes que pode servir para saborear mais a vida.  Acredito que os deficientes, são deficientes para os outros, não para si próprio, por exemplo: o mudo fala claramente consigo mesmo, o cego enxerga claramente o mais profundo do seu ser, conhecendo suas limitações e suas possibilidades e o mais importante sabem amar e retribuir com sorriso aqueles que os amam.
"É apenas com o coração que se pode ver direito; o essencial é invisível aos olhos."
(Antoine de Saint Exupéry)

Hoje se fala da possibilidade de inclusão, porém com maior número de pessoas defendendo a separação em salas especiais - ensinos contra-turno alternativos ou escolas especiais.
 Ha escolas que mantém apenas a primeira fase do Ensino fundamental e outras que já iniciam apenas na segunda fase (hoje sexto ano ao nono ano) e isto indica que passados 39 anos após a LDB a sociedade ainda não assimilou o Ensino Fundamental como um curso integrado de 9 anos. Muita coisa mudou, não há mais “vestibulinho” para passar da primeira fase para a segunda, no entanto quase tudo continua na mesma: professores com ensino médio para a primeira fase, ensino superior para a segunda – professores polivalentes para a primeira e especializada (matemática – português etc...) para a segunda. Escolas que não aceitam a aceleração de superdotados em nome de uma “possível imaturidade”, e outras políticas pedagógicas que ainda são matérias de controvérsias e lutas de educadores, alunos e familiares.
Penso ainda numa afirmação de Einstein: “É mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito”.
Tocar o coração das pessoas é algo fantástico, principalmente no que  refere a uma criança, especialmente uma criança especial, que precisa de carinho, amor, afeto, compreensão, dedicação e respeito.  Não é difícil, às vezes basta um sorriso, um aperto de mão, um oi, ou quem sabe uma atenção maior para que ela possa entender que tem um valor, que é importante para a sociedade, escola e principalmente a família.  Ser especial é ser diferente, mas, porem é esta diferença que trás brilho e riqueza  ao mundo e a vida.




Nenhum comentário:

Postar um comentário